Uma ideia legal. Antes de tudo, gostaria de deixar claro que eu fico extremamente louco quando escrevo ideia sem acento. Parece que tá errado. Acordo ortográfico de merda. Ideia tem que escrito assim ó: idéia, idéia IDÉIA. PORRA.
Não levem meu piti linguístico a sério. Estou aqui nessa noite de Novembro Dezembro para falar da nova empreitada da turma de Bernie Ecclestone. Uma nova categoria de base americana, com corridas nos EUA, Canadá e Brasil. Perfect.
A proposta, o conceito, me agrada muito. Uma nova categoria de base, do nível da GP2 ou GP3 – provavelmente a GP3 – no Novo Mundo, fazendo alguma preliminares da F1 e matando dois coelhos com uma cajadada só. Ainda que os grupos de defesa dos animais reclamem dessa atitude anti-coelhos, a F1 faria um ótimo negócio com a matança dos animaizinhos. Chamaria a atenção dos norte-americanos para o circo do Tio Bernie, podendo até revelar algum talento local para a categoria, e funcionaria bem para o Brasil também, renovando a nossa base e levando brasileiros para a F1, coisa que é de interesse dos mandões do automobilismo. Sim, eu ainda acredito que somos importantes nessa porra.
Algum espertinho vai falar que ninguém ligou quando a Itália ficou sem piloto no grid. Claro meu amigo. Vão pôr quem? o Valsecchi? Pf. E justamente para não sobrarem apenas Valsecchis canarinhos no automobilismo mundial, uma nova categoria se faz necessária. Categoria que usaria o mesmo regulamento da GP3 européia, possibilitando eventos especiais com as estrelas dos dois certames! Seria, no mínino, interessantíssimo.
Mas o mundo não é feito de rosas. É feito de estróbilos murchos de um gimnosperma qualquer. A ideia, que me agrada muito muito no papel, esbarraria em obstáculos intransponíveis. Leia-se: dinheiro. Se a tal GP2 Asia Series, que ficava no continente mais rico e teoricamente nadava em dinheiro, não sobreviveu nem por meia década, o que dizer de uma categoria correndo nos pouco interessados EUA e Canadá, além do interessado, porém subdesenvolvido, Brasil?
Mas desprezemos esse assunto terreno, esse tal do dinheiro. Suponhamos que o campeonato seja criado. Várias equipes e pilotos se inscreveram, o público está ancioso e circo armado. Armado aonde? Aonde essa categoria correria? Temos circuitos bons o bastante na América? Claro que temos, seu tolo.
Três provas já estão garantidas. Montreal, Austin e Interlagos. Não promover rodadas como preliminares da Fórmula Um seria um tiro no pé. Vamos agora montar o calendário, com 11 etapas. Rodadas duplas, só pra deixar claro.
> Indianápolis Misto – Uma preliminar para a Indy 500, por que não? Vamos deixar o orgulho de lado, europeus de uma figa. Seria ainda uma ótima abertura de campeonato.
> Montreal – Pouco depois de Indianápolis, como prévia da F1.
> Mosport Park – Aproveitando a passagem pelo Canadá, vamos por as baratinhas para correr no que é o melhor circuito local, ao meu ver. Logisticamente, seria relativamente perto de Montreal também.
> Curitiba – Começando o tour pelo Brasil, o moderno autódromo paranaense., que já recebe o WTCC e tem experiência internacional, assim por dizer.
> Londrina – Revitalizado, se tornou um dos melhores do Brasil.
> Velopark – O grande complexo. O grande nome. O grande traçado. Pelo bem da logística, ficam todos perto um dos outro.
* E agora, que se dane o mapa dos EUA. Escolherei os mais legais.
> Laguna Seca – Louco. Impossível de ultrapassar, mas ainda sim, louco.
> Sebring – Um dos clássicos mundiais, seria um sacrilégio não tê-lo.
> Road Atlanta – Não confundir com Road America. Até porque esse é bem mais legal.
> Austin – Prévias da F1. 26 mocinhos descontrolados sedentos por atenção disputando a freada da Curva 1 na largada.
> Interlagos – O grande encerramento e a honra de se sagrar campeão na frente de todos, no mesmo dia que a categoria mãe também tem seu desfecho. Incrível. E ai de quem for campeão por antecedência.
Certo. Montei um calendário. Cinco provas nos EUA, quatro no Brasil e duas no Canadá. Me parece razoável. Poderia haver ainda, quem sabe, outra prova no México. Tentei usar o bom-senso e evitar viagens intercontinentais desnecessárias. Deixem vossas opiniões sobre o calendário nos comentários – o que vocês mudariam?
Para finalizar, também faria um sistema de pontuação bem sacana, igual o da Stock Car Brasil. Chegar na última etapa com sete (!) pilotos na briga pelo título é impagável..
*Post extremamente atrasado, eu sei.